quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O que vem a ser motivação?

- Motivação é um tipo de combustível, impulso interno que leva a pessoa a agir ou reagir no intuito de atingir algum objetivo.
Isso envolve fenômenos emocionais e biológicos e também é responsável por iniciar e até mesmo direcionar certos comportamentos.

De onde vem?
- “A motivação pode acontecer através de uma força interior, ou seja, cada pessoa tem a capacidade de se motivar ou desmotivar, também chamada de auto-motivação, ou motivação intrínseca. Há também a motivação extrínseca, que é aquela gerada pelo ambiente que a pessoa vive, o que ocorre na vida dela influencia em sua motivação” (1).

                                  Fonte:https://uescolagestao.wordpress.com

A motivação extrínseca e a intrínseca;
Segundo Jorge Eloi (Mestre em Psicologia da Educação, Hipnoterapeuta Certificado), “a motivação extrínseca tem origem em fatores externos ao indivíduo, como qualquer recompensa monetária. O indivíduo faz a tarefa para ser recompensado ou para não ser castigado. A punição ou a recompensa é o “combustível” que faz mobilizar o sujeito. Óbvio que quando retirado, o sujeito vai deixar de se mobilizar, de estar motivado, visto que não tem nada a ganhar nem a perder se não executar a tarefa. Estudos indicam que este tipo de motivação, é muito inconstante, visto que depende de fatores externos. O individuo não gosta da tarefa em si, mas gosta da recompensa que a tarefa ao ser executada lhe pode trazer, o que implica necessariamente pouca satisfação e prazer na execução da tarefa” (2).

                                                                     Fonte:Folha Vitória – Vitória, 27 de Setembro de 2014.

“A motivação intrínseca tem origem em fatores internos ao indivíduo, esta se relaciona com a sua forma de ser, os seus interesses, os seus gostos. Neste tipo de motivação, não há necessidade de existir recompensas, visto que a tarefa em si própria, representa um interesse para o sujeito, algo que ele gosta ou está relacionado com a forma de ele ser. Este tipo de motivação é constante, visto que depende unicamente do sujeito e não de fatores externos. A tarefa deixa de representar uma obrigação, um meio para atingir um fim (recompensa), para representar um fim em si própria. Como é óbvio, a motivação intrínseca está relacionado com a felicidade e com a realização pessoal” (2).

                                                                       Fonte:Folha Vitória – Vitória, 27 de Setembro de 2014.

Teorias motivacionais
As teorias motivacionais existentes, foram construídas em meados das décadas de 1940 a 1960, dentre elas temos;
- A teoria das necessidades – Maslow (1943);
- A teoria ERC (existência, relacionamento e crescimento) – Alderfer (1969);
- A teoria das necessidades (afiliação, poder e realização) – McClelland (1953);
- A teoria da Motivação X e Y . 
- A teoria bifatorial – Herzberg, Mausner e Snyderman (1959);
- A Teoria da Expectância de Vromm;
- Teoria do Estabelecimento de Metas de LOCKE E LATHAN;
- A Teoria do Fluxo desenvolvida por CSIKSZENTMIHALYI;
- Teoria da Auto-Regulação defendida por KANFER;
- A Teoria da Equidade de ADAMS;
- A Teoria das Características dos Cargos , MUCHINSKY.

1 Teoria das Necessidades  
Esta teoria defende que é preciso que as necessidades dos níveis de desenvolvimento inferiores sejam em parte ou totalmente satisfeitas, para que as necessidades superiores se tornem motivadoras da conduta humana. Conforme os indivíduos vão subindo na hierarquia gerencial, as pessoas são motivadas por necessidades cada vez mais elevadas, por exemplo, gerentes de diferentes níveis devem ser tratados de forma diferente, sendo assim, pode se esperar que os funcionários irão sempre querer mais(3)

2 Teoria ERC   
Ao contrário de Maslow, Alderfer afirmou que a motivação da conduta humana não obedece apenas o sentido progressivo, mas também pode ser regressivo na medida em que a frustração encontrada na necessidade mais elevada poderia fazer com que ela regredisse ao nível anterior, que seria a necessidade mais concreta em que ela encontrou bons resultados(3).  

3 Teoria da Realização ou Teoria das Necessidades Adquiridas
 Já McClelland (1953 apud ZANELLI, 2004) embora também trate as necessidades como provenientes de origem biológica, ele não as considera pela perspectiva de hierarquia, afirma que existem três tipos, de poder, de afiliação e de realização. Ela ressalta que as necessidades podem ser aprendidas ou socialmente adquiridas durante a vida, iniciando-se assim que o indivíduo começa a interagir com o ambiente e se resumem em três necessidades básicas:   
- Necessidade de Poder: é o desejo de controlar os outros e de influenciá-los. Pessoas assim têm grande poder de argumentação e esse poder pode ser tanto positivo quanto negativo e procuram assumir cargos de liderança; 
- Necessidade de Afiliação: reflete o desejo de interação social, de contatos interpessoais, de amizades e de poucos conflitos. Pessoas com essas necessidades colocam seus relacionamentos acima das tarefas;
- Necessidade de Realização: é o desejo de ser excelente, de ser melhor, de ser mais eficiente e as pessoas com essas necessidades gostam de correr riscos calculados, de ter responsabilidades, de traçar metas.   
Quando a necessidade de realização predomina, o indivíduo mostra alta motivação para a auto-realização, no caso da predominância da afiliação, a motivação se dá na manutenção dos relacionamentos interpessoais e por último quando a necessidade de poder está mais evidente, a motivação é gerada pelo desejo de influenciar, reorientar e mudar as atitudes dos demais indivíduos e da equipe(3).  

 4 Teoria da Motivação X e Y   
Mcgregor (1960 apud ZANELLI, 2004), formulou as teorias X e Y. Na teoria X, a primeira a ser criada, ele apoiava-se em três princípios básicos:  
- O homem tem aversão ao trabalho; 
- Precisa ser controlado e punido para que se esforce e cumpra os objetivos organizacionais; 
- Evita a responsabilidade, pois está interessado apenas na segurança pessoal e financeira.;   
Outros administradores pensavam de forma diferente desta teoria proposta o que fez com que Mcgregor chamasse esse modo alternativo de teoria Y, que seguia os seguintes princípios:  
- O trabalho pode ser uma fonte de satisfação ou punição, dependendo do contexto; 
- O homem está disposto a se autodirigir, a aprender e a aceitar responsabilidades e colocar em prática todo seu potencial criativo(3).   

5 Teoria Bifatorial
Em 1959, segundo ZANELLI (2004), Herzberg, Mausner e Snyderman elaboraram a teoria da motivação bifatorial, afirmando que dois conjuntos de fatores variavam, o primeiro seria os fatores higiênicos que estão relacionados a fatores externos variando a condição de insatisfação para não satisfação e o segundo conjunto, fatores motivacionais internos que variavam de satisfação para não-satisfação. 
Chegaram à conclusão de que o contrário de satisfação não é a insatisfação, e sim a não-satisfação. Deste modo salário, condições ambientais de trabalho, estilo de supervisão e o relacionamento entre colegas não seriam fatores capazes de satisfazer ou motivar os indivíduos no ambiente de trabalho, mas deveriam ser objeto de atenção e preocupação dos administradores para evitar a insatisfação no trabalho. 
Sendo assim, os fatores que capazes de motivar seriam: a realização do empregado, o reconhecimento pessoal, o desenho do cargo e a delegação de responsabilidades.
Bastos (2000 apud ZANELLI, 2004) identificou quatro padrões de comprometimento:  
- Duplo compromisso: níveis altos e semelhantes de comprometimento organizacional e com a profissão; 
- Duplo descompromisso: baixos comprometimentos com a organização e com a profissão; 
- Unilateral com a organização: comprometimento mais alto com a organização do que com a profissão;
- Unilateral com a profissão: comprometimento mais alto com a profissão do que com a organização 
As teorias de Maslow, Aldefeir, McClelland e a de Herzberg, são consideradas teorias de conteúdo(3).

6 Teoria da Expectância
 A Teoria da Expectância de Vromm (1995 apud ZANELLI, 2004) entende que a motivação é uma força emocional e consciente, que é ativada quando a pessoa é sujeita a escolher entre diversos planos de ação. A escolha seria influenciada pelas expectativas individuais e pelas conseqüências esperadas ao comparar as diversas alternativas possíveis para a ação a ser tomada. Para ele as decisões sobre suas ações buscam maximizar seu prazer e seus ganhos e minimizar seu desprazer e suas perdas. 
Com isso, a escolha seria resultado de três conceitos cognitivos: 
- Valência: É uma atribuição de qualidade positiva ou negativa aos resultados pretendidos, em suma é o que faz com que uma pessoa sinta necessidade de uma promoção; 
- Instrumentabilidade: É a clareza da relação percebida entre os esforços necessários e a obtenção do resultado propriamente dito; 
- Expectância: é a intensidade com que a pessoa consegue visualizar a concretização dos resultados esperados antes de atingi-los(3).

 7 Teoria do Estabelecimento de Metas
Outra teoria defendida pelos estudiosos é a Teoria do Estabelecimento de Metas de LOCKE E LATHAN (1990 apud ZANELLI, 2004), nela é sustentada a premissa de que as metas variam em conteúdo e intensidade. No caso do conteúdo, este pode ser classificado como fáceis ou difíceis, específicas ou gerais e simples ou complexas. Já a intensidade pode variar conforme a percepção da importância do comprometimento com a meta.
 As metas, segundo orientam a ação por meio de quatro mecanismos:
- Dirigem a atenção; 
-Mobilizam o esforço para a ação; 
- Encorajam a persistência da ação; 
- Facilitam o desenvolvimento de uma estratégia da ação (3).

8 Teoria do Fluxo
A Teoria do Fluxo desenvolvida por CSIKSZENTMIHALYI (1996) considera a motivação como um estado emocional de curta duração e de alta ativação, caracterizado pela clareza de metas, intensa concentração e percepção de total controle da atividade que está sendo realizada. Afirma ser um estado psicológico de êxtase que resulta de uma integração de processos cognitivos, de características das da tarefa e de estados emocionais múltiplos.
Esse estado é facilmente visualizado quando desempenhamos atividades extremamente prazerosas e excitantes como, por exemplo, as esportivas e as artísticas.
Os principais fatores para atingir este estado seriam:
- Oferecer metas claras e atingíveis e feedbacks contínuos no processo de desenvolvimento da atividade;
- Permitir que a pessoa tenha o controle do processo, ao reconhecer que suas habilidades e potencialidades estão sendo mobilizadas para o exercício da atividade;
- Minimizar os fatores de distração, de modo que haja intensa concentração no que se está fazendo, o que repercute na percepção subjetiva do tempo e na sensação de perda temporária dos limites do eu;
- Identificar as situações potenciais capazes de provocar na pessoa este estado de fluxo(3).

9 Teoria da Auto-Regulação
Outra teoria defendida por KANFER (1977 apud ZANELLI, 2004) é a Teoria da Auto-Regulação, onde o processo envolve três componentes: 
-  Auto-observação (atenção dirigida para a própria pessoa); 
- Auto-avaliação (comparação entre os objetivos pretendidos e as condições pessoais para atingi-los;
- Auto-reação (resposta afetiva à auto-avaliação negativa ou positiva e à crença na capacidade de realização);   
No geral, o processo envolve o perceber, o comparar e o agir(3).

10 Teoria da Equidade
Segundo ADAMS (1965 apud MUCHINSKY, 2004), conforme a Teoria da Equidade defendida por ele, o esforço desempenhado no trabalho é consequência da comparação com os esforços dos outros. Nesta teoria a motivação tem bases perceptuais e sociais, ou seja, ela está baseada em quanto o indivíduo vê a si mesmo em comparação com os demais.
Na Teoria da Equidade, a pessoa forma uma relação entre seus subsídios e recompensas e a compara com as percepções da relação subsídios/recompensas do outro(3)

11 Teoria das Características dos Cargos
Uma abordagem diferente é a Teoria das Características dos Cargos, ela propõe que em sua maioria o centro de controle da motivação não são os indivíduos e sim o ambiente em que o trabalho é realizado. Sendo assim, essa teoria propõe que quando é realizado um bom trabalho no planejamento dos cargos, o trabalho pode facilitar a motivação dos indivíduos, segundo ela, existem características ou atributos nos cargos que facilitam a motivação, MUCHINSKY (2004) (3).

Muito bem, já temos a noção de Motivação!
Más, o que vem a ser Motivação Empresarial?

A Motivação Empresarial ou a motivação no trabalho influencia a disposição que o funcionário de uma empresa tem para cumprir as suas tarefas. Quanto mais motivado está, melhor vai cumprir o seu trabalho.
”É importante que os chefes consigam motivar os seus trabalhadores, porque assim conseguem há uma existe a probabilidade de ocorrer um aumento na produtividade.
Na liderança, mais importante do que estudar, saber, explanar, justificar, preparar e gerir, é mobilizar para fazer as coisas acontecerem, é obter resultados que satisfazem todos os stakeholders, conquistando os corações e as mentes dos outros, enfim a confiança, o respeito e a admiração”(5).


                                                             Fonte; http://www.leadership-agenda.com



















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